Crianças e tecnologia: mantenha essa relação saudável e equilibrada

O equilíbrio entre crianças e tecnologia, ou seja, o tempo que elas passam expostas às telas, é uma preocupação crescente entre os pais. Uma pesquisa da revista Crescer mostrou que, em 2018, 47% das crianças já gastavam mais de três horas com atividades ligadas a dispositivos eletrônicos — número em alta, tendo em vista que em 2013, por exemplo, o volume era equivalente a 35%.

Naturalmente, a nova geração já nasceu inserida nesse mundo tecnológico e, quando forem adultas, muitas entrarão no mercado de trabalho em empregos que exigem boas habilidades com diferentes dispositivos.

No entanto, é necessário cuidado a fim de manter essa relação entre crianças e tecnologia saudável e equilibrada. Afinal, para tornar possível o desenvolvimento pleno — motor ou intelectual —, é preciso mais que um dispositivo eletrônico.

Neste artigo, vamos justamente explorar como viabilizar o contato do pequeno com a tecnologia de maneira proveitosa. Confira!

Entenda a importância do limite de tempo

Antes mesmo de entregar o tablet, celular ou computador para a criança, é fundamental estabelecer um tempo de uso desses dispositivos. A tecnologia tem sim seus benefícios e pode ajudar no desenvolvimento intelectual, mas é preciso estabelecer um horário de acesso. O uso indiscriminado leva os pequenos a ficarem mais tempo do que o necessário.

Sendo assim, procure um horário que você possa supervisionar os seus filhos e converse com eles sobre o período reservado para a tecnologia. Tenha isso claro, pois as crianças se adaptam melhor quando têm uma rotina.

Mantenha uma conversa aberta sobre os riscos online

Provavelmente, você já ouviu falar que a internet é terra de ninguém. Em partes, essa frase faz sentido. Há muitos conteúdos de diferentes temáticas, e seus filhos podem estar expostos a inúmeros riscos e perigos quando não são supervisionados por adultos. Muitas vezes eles são atraídos para aplicativos com aparência infantil, mas os quais escondem conteúdos inadequados.

Contudo, existem diversos aplicativos de controle parental que ajudam os pais no controle do que os filhos acessam. Além de monitorar o tempo de acesso, eles permitem o bloqueio de certos aplicativos, filtrando os conteúdos para os pequenos só encontrarem opções alinhadas com a idade deles.

Mas não basta controlar, é preciso conversar, mostrar os perigos que existem online e deixar um canal aberto de comunicação entre vocês, sempre que eles verem algo minimamente estranho.

Deixe o computador em um lugar movimentado da casa

Outra dica é deixar o computador em um lugar movimentado da casa — na sala ou em um escritório utilizado pela família. Isso facilita o monitoramento, você pode ver o que seu filho está pesquisando, com quem conversa (aliás, muito cuidado aqui) e quais sites ele acessa.

Lembre sempre as crianças de que há uma supervisão, válido também para celulares e tablets. A ação facilita o controle do tempo e permite a interação entre pais e filhos no uso da tecnologia.

Compreenda os benefícios da tecnologia na infância

A relação entre crianças e tecnologia pode ser muito saudável. De maneira geral, os recursos tecnológicos facilitaram muitas coisas em nosso dia a dia, permitindo que acessemos um mundo de conhecimento sem sair do lugar.

Por meio de jogos é possível, por exemplo, desenvolver o raciocínio e até ter contato com a linguagem, facilitando a leitura. Sabendo disso, são proporcionados uma série de benefícios, como:

  • encontrar novas formas de estudar, trazendo dinâmica para o dia a dia de aprendizado;
  • estimular o desenvolvimento cerebral;
  • estimular a concentração e o raciocínio lógico;
  • despertar o interesse por outros assuntos.

Para aproveitar todos esses benefícios, os pequenos devem receber uma orientação adequada. Ao fazer isso, eles poderão se desenvolver e aproveitar todas as vantagens oferecidas pela tecnologia.

Direcione o interesse em tecnologia para algo útil

De nada adianta oferecer um celular à criança e não direcionar ela sobre o que pode ser feito. Dessa forma, perde-se a razão saudável com a tecnologia. Portanto, pesquise sobre jogos, sites e conteúdos educativos para passar aos filhos, sem deixar de lado a diversão.

Existem muitas possibilidades de ferramentas educativas que estimulam habilidades e auxiliam nos estudos e ajudar na memorização. Portanto, busque as opções e teste para ver se elas se adaptam também à realidade do seu filho.

Inclua a tecnologia nos programas familiares

Que tal incluir a tecnologia nos programas familiares? Os benefícios dos jogos online, por exemplo, podem ser aproveitados por toda a família. Uma dica é criar competições, treinar habilidades e até reforçar a relação pai e filho por meio do uso correto da tecnologia.

Além de deixar o momento mais divertido, um programa familiar que tenha a tecnologia como protagonista permite acompanhar as crianças no uso saudável da ferramenta.

Incentive outras atividades

Crianças e tecnologia é uma relação saudável desde que o tempo para o uso delas não seja exagerado. Estudos já indicam que passar muito tempo na frente das telas prejudica a capacidade delas de reconhecer as emoções de outras pessoas. Além disso, pode prejudicar o desenvolvimento corporal, pois os pequenos não se exercitam.

Portanto, incentive outras atividades que os seus filhos possam fazer, como esportes, brincadeiras com amigos e leitura. Sobre essa última, a criança consegue desenvolver melhor seu vocabulário, mas também a memória e concentração.

Seja um bom exemplo

O comportamento de uma criança é bastante moldado pelas atitudes dos seus pais. Se você fica muito tempo no celular, concentrado na frente de uma tela por horas, sem largar o aparelho até na hora das refeições, é bem provável que seus filhos o imitem.

Logo, observe a sua relação com a tecnologia e participe do dia a dia do seu filho por meio de atividades que incluam ou não a tecnologia. Assistam filmes, compartilhem jogos e brincadeiras tradicionais. E não se esqueça de sempre alertar sobre o uso saudável de dispositivos como celulares, tablets e computadores.

É possível sim construir uma relação saudável entre crianças e tecnologia. Ao longo do artigo foi possível entender como tornar essa interação mais produtiva, lembrando sempre do papel importante dos pais de controlar o uso.

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